Danças tradicionais dos povos do deserto




Quando Falamos de dança Oriental a maior parte das pessoas pensa na Dança do Ventre. Em Marrocos pode observa-la nas grandes cidades apesar de não ser essencialmente uma dança tradicional marroquina. Há também uma sessão de danças folclóricas que incluem as seguintes:

Ahidous
Esta e uma dança de círculo complexa vista no Atlas Médio, associada usualmente aos rituais da colheita. Esta é uma ocasião na qual toda a comunidade pode participar. Esta dança é efectuada em círculos alternados de homens e mulheres que dançam em volta dos músicos, enquanto cantam de uma maneira antífonal (executada por dois coros semi-independentes, interagindo um com o outro, às vezes cantando frases alternadas, é classificada como antífonal.). A música é usualmente tocada nos Bendirs e ocasionalmente é acompanhada e tocada por diversos instrumentos.

Gnawa
Este termo refere-se principalmente a pessoas de raça negras, as quais são descendentes maioritariamente de escravos trazidos de Marrocos, da África Central e do Oeste, são aqueles que hoje em dia actuam como acrobatas e músicos no sudoeste de Marrocos.
Khamsa We Khamsine
Esta é uma dança tipicamente Marroquina e provem da província. É uma das danças mais conhecida e popular tem um ritmo muito envolvente, é composta principalmente de 6/8 compasses. Qualquer pessoa que a escute no consegue resistir a dar um passinho de dança pela sua influencia espiritual ao dançar.

Danza Barbari
Dança conhecida na maior parte de Marrocos e nas Montanhas Atlânticas. O estilo de esta dança varia de tribo para tribo e é dançada por um grande número de bailarinos, chegam a ser mais de cinquenta, dançada tanto por homens como mulheres. Baseia-se em movimentos de ombros e palmas coordenados segundo os diferentes ritmos tocados por um conjunto de 5 à 6 músicos.

El Andaloussi

Esta é uma dança antiga que data da Idade média. Deu-se-lhe o nome da área de onde é originária, Andaluz, que é uma região espanhola. Foi adaptada e modificada pelos artistas marroquinos e é encontrada na maior parte das cidades, tais como: Fez, Meknes, Tânger, Rabat, entre, etc. É uma dança muito especial para este tipo de música, dançada geralmente em festas e cerimónias ou reuniões familiares, como casamentos e aniversários. Nos casamentos os noivos sentam-se uma cadeira especialmente decorada que 5 à 6 homens carregam nos ombros e dançam com eles ao ritmo de esta música, a qual acreditam trazer a felicidade e emoção a aqueles que a escutam, assim como prosperidade e felicidade aos noivos.

1º Contrato para Dança do ventre


Segundo a histório da dança oriental, em meados do 1° século da era cristã, as bailarinas já estavam organizadas em companhias profissionais no Egipto e em outros países do Oriente.
Podemos observar o grau de profissionalismo a que elas chegaram através das imagens presentes nos papiros. Foi encontrado um de esses papiros encontrados por arqueólogos no Egipto que fala de um contrato para uma apresentação, entre bailarinas e um rico proprietário de terras.
"Para Izidora, dançarina dos Snujs de Artemisia da cidade de Fhiladelfos". Eu peço que acompanhado de outra bailarina de Snujs, no total de 02, venham se apresentar numa festa na minha casa por seis dias, começando em 24 do mês Payni (segundo o calendário antigo).
Vocês duas vão receber o pagamento de 36 dracmas por cada dia, e nós forneceremos também 4 medidas de cevada e 24 partes de pão em folha (hoje conhecido como pão Árabe) e também garantimos no caso de trazerem enfeites e jóias de ouro que os guardaremos com toda segurança, e além disso, vamos mandar-lhes 2 burros de carga para seu transporte quando para cá vierem e igual número para quando voltarem à cidade"
Bem nos dias que correm até nem parece um mau contrato,...?
(as informações para este artigo foram retiradas do livro: The Serpent of the Nile de Wendy Buonaventura.)
Bem e é assim que segundo este pequeno papiro conseguimos saber como foi realizada uma das primeiras actuações de bailarinas de dança oriental, que o mundo tem memoria.

Raks Al Senniyya


Raks AL Senniyya, ou a Dança do Chá, tem sua origem no Marrocos. Uma dança tradicional para esses povos, pode ser praticada por pessoas de ambos os sexos. Executa-se basicamente uma performance para demonstração de equilíbrio e destreza. Os dançarinos geralmente balançam-se ao som da música, com uma bandeja de chavenas de chá apoiada na cabeça.